Dois dias. Duas mortes. Duas mortes à minha frente.
Nao foi um morreu, mas foi um ver morrer... um sentir um corpo quente, ainda pulsatil a caminhar para o silêncio, tocar e sentir já nada existe por ali.
O outro doente foi diferente, pois não era minha doente directa. Mas estar ali, a ajudar no processo de reanimação, ver um traçado de ECG a voltar para o bom caminho, e subitamente vê-lo a desnortear-se, a perder-se, a tornar-se cada vez mais linear..
Processo lento, de sentimentos estranhos, uma realidade paralela.
Flores para Algernon
Há um ano
1 comentários:
A primeira vez que "assisti" a uma morte ao vivo, em que vi a última expiração de uma senhora, curiosamente senti um alívio entre tantas outras emoções... Afinal, finalmente, depois de (pelo menos) 20 horas do meu banco, aquela senhora , a quem a salvação estava já fora do alcance de um mero mortal, pareceu estar em paz...
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