quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Morte

Dois dias. Duas mortes. Duas mortes à minha frente.

Nao foi um morreu, mas foi um ver morrer... um sentir um corpo quente, ainda pulsatil a caminhar para o silêncio, tocar e sentir já nada existe por ali.

O outro doente foi diferente, pois não era minha doente directa. Mas estar ali, a ajudar no processo de reanimação, ver um traçado de ECG a voltar para o bom caminho, e subitamente vê-lo a desnortear-se, a perder-se, a tornar-se cada vez mais linear..

Processo lento, de sentimentos estranhos, uma realidade paralela.

1 comentários:

Ana disse...

A primeira vez que "assisti" a uma morte ao vivo, em que vi a última expiração de uma senhora, curiosamente senti um alívio entre tantas outras emoções... Afinal, finalmente, depois de (pelo menos) 20 horas do meu banco, aquela senhora , a quem a salvação estava já fora do alcance de um mero mortal, pareceu estar em paz...