Os dias são monótonos.
Apesar dos segundos passarem sempre à mesma velocidade, sinto-os cada vez mais lentos. Os pacientes entram, queixam-se, fingem estar doentes, pedem coisas, exigem coisas, ignoram o que lhes é dito…alguns estão verdadeiramente doentes, alguns merecem a nossa atenção, mas …mesmo esses, são poucos os que entendem a mensagem que tentamos transmitir. E assim passam minutos, horas, dias..semanas! Nas horas mortas corro sobre um tapete, enquanto olho para a imagem que o espelho reflete. Parece-se comigo: corre sem parar sem nunca sair do lugar. No fundo, cansa-se, sem saber porquê. Em casa pouco existe para fazer pois a mente que pouco ou nada fez sente-se cansada e precisa de dormir.
Os dias nem estão certos, nem estão errados. Estão vazios de conteúdo e de significado. Este não crescer, este não sair do mesmo lugar faz-me querer pegar em mim, e colocar-me num filme completamente diferente. Ou então colocar-me em Dezembro deste ano, uns dias após a escolha da especialidade. Este compasso de espera em que pouco ou nada faço está a dar cabo de mim.
1 comentários:
percebo o que queres dizer. Força, amiga! =)
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