Março. Já vamos em Março…
O tempo avança. Devagarinho, muito lentamente, como se tirasse algum prazer desta tortura que é estar isolada de tudo e todos, deste momento em que nos resumimos a meras horas de avaliação. Devagarinho, devagarinho chegámos a Março.
Ao mesmo tempo, e poderá parecer contraditório, o tempo foge-nos por entre os dedos. A cada dia que passa mais certa estou de que o tempo voa, de que me roubam horas ao meu dia. Ainda ontem comecei a estudar e é já daqui a dois dias que vou a exame. Ai, exames…
É verdade que vivo intensamente os exames. Sim, é verdade que sou stressada. E sim, é verdade que dramatizo. Mas, eu sou assim. Não consigo ser de outro modo. Ver apenas o lado bom das coisas, só o lado positivo não é simples pois existe sempre um quadro mais negro que consegue cativar a minha atenção.
[Como é possível estar dias seguidos, dias a fio, a estudar, isolada de tudo e todos, como é possível controlar a mente, para que não tenha ideias tristes? Como?]
…
Olho à volta. Tento estabelecer contacto, conversar, mas reparo que não tenho nada interessante para dizer… Estou completamente parada no tempo e tudo se resume a um estudo desesperante. Ainda assim tenta-se criar uma porta para o exterior. 2 minutos, 5 quem sabe, 10 num milagre…não duram muito mais as minhas conversas. As que duram mais do que isto são sem dúvida sobre a matéria a estudar…
[Ai..que raio de vida.]
O tempo avança. Devagarinho, muito lentamente, como se tirasse algum prazer desta tortura que é estar isolada de tudo e todos, deste momento em que nos resumimos a meras horas de avaliação. Devagarinho, devagarinho chegámos a Março.
Ao mesmo tempo, e poderá parecer contraditório, o tempo foge-nos por entre os dedos. A cada dia que passa mais certa estou de que o tempo voa, de que me roubam horas ao meu dia. Ainda ontem comecei a estudar e é já daqui a dois dias que vou a exame. Ai, exames…
É verdade que vivo intensamente os exames. Sim, é verdade que sou stressada. E sim, é verdade que dramatizo. Mas, eu sou assim. Não consigo ser de outro modo. Ver apenas o lado bom das coisas, só o lado positivo não é simples pois existe sempre um quadro mais negro que consegue cativar a minha atenção.
[Como é possível estar dias seguidos, dias a fio, a estudar, isolada de tudo e todos, como é possível controlar a mente, para que não tenha ideias tristes? Como?]
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Olho à volta. Tento estabelecer contacto, conversar, mas reparo que não tenho nada interessante para dizer… Estou completamente parada no tempo e tudo se resume a um estudo desesperante. Ainda assim tenta-se criar uma porta para o exterior. 2 minutos, 5 quem sabe, 10 num milagre…não duram muito mais as minhas conversas. As que duram mais do que isto são sem dúvida sobre a matéria a estudar…
[Ai..que raio de vida.]
Daqui a uns anos talvez consiga rir-me deste drama “desproporcional” à realidade, destas linhas que aqui deixo. Talvez… Ainda não consigo sorrir sequer do drama que foi aquele Verão a estudar para Anatomia, aliás, não consigo sorrir perante nenhuma época de exames. Todas elas são sinónimo de tortura…Mas quem sabe…talvez daqui a muitos anos consiga. [como raio uma pessoa consegue sorrir perante tantos dias de isolamento?!?]
Bem, e o tempo não espera. Hoje consegui acordar antes do despertador tocar (nada como pesadelos para animar a noite) mas não fui capaz de sair da cama e aproveitar esse “bónus”. Precisei de uma hora para conseguir ganhar animo e sair d cama, para saltar para o grande dia que hoje terá de ser…e agora que já passaram quase 3 horas desde que abri os olhos, ainda não fui capaz de ler nada de Pediatria.
Talvez devesse sair. Ver tv. Jogar um jogo. Sei lá. Talvez devesse simplesmente ver o mundo lá fora. Talvez. Mas nem para isso há grande motivação.
Enfim, mais um dia negro no calendário.
Bem, e o tempo não espera. Hoje consegui acordar antes do despertador tocar (nada como pesadelos para animar a noite) mas não fui capaz de sair da cama e aproveitar esse “bónus”. Precisei de uma hora para conseguir ganhar animo e sair d cama, para saltar para o grande dia que hoje terá de ser…e agora que já passaram quase 3 horas desde que abri os olhos, ainda não fui capaz de ler nada de Pediatria.
Talvez devesse sair. Ver tv. Jogar um jogo. Sei lá. Talvez devesse simplesmente ver o mundo lá fora. Talvez. Mas nem para isso há grande motivação.
Enfim, mais um dia negro no calendário.
2 comentários:
Os domingos são dias ingratos para quem tem de estudar.
A família está toda em casa, descontraída, aproveitando ao máximo as últimas horas do fim-de-semana. O almoço é vasto e prolongado. Durante a tarde o sofá fica povoado de conversa coloquial ou simplesmente preguiça. A tv é ligada em qualquer canal que permita o escape dos problemas e das rotinas habituais dos dias de semana. De vez em quando um bocejo, depois alguém que se escapa até à cozinha e traz uma bolachinha ou um chocolate.
Enquanto isso eu tenho o puff vermelho encostado à janela e procuro incessantemente a concentração para estudar. Hoje nem o sol se digna a visitar-me na minha morada solitária. Cheguei àquela fase do estudo em que a preguiça já não pede licença para aparecer e o remorso já não tem energia para a impedir.
As épocas de exames passadas também não me arrancam sorrisos. Quanto muito dão-me a sensação de alívio de já terem passado.
Para o bem ou para o mal as horas passam. Dizem que quem espera sempre alcança.
Hey, se eu já consigo sorrir quando penso nos meses de encafuamento a estudar para o Harry, tu tb hás-de conseguir sorrir um dia, ao pensar nestas épocas de estudo.
Coragem! A coisa faz-se! E 4 anos e meio de curso já te ensinaram isso mesmo! Portanto, anima-te, e, tal como uma professora nossa nos dizia, há muito tempo atrás - "agarra o toiro pelos coinos!"
:) Anima-te, moça! ** E boa sorte!
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