Estava aqui a saltitar de blog em blog (coisa que um autor de blog faz com extrema frequência --> se não for assim, não conseguimos saber como anda a concorrência) e dei de caras com um post curioso:
a senhora dona Eeyore e o seu caso petuniano :) Foi então que me lembrei de comentar o post e o coment da menina Sophie.. e como o coment já estava a passar das marcas, decidi transpor para o meu blog (que tadito, como podem reparar, ultimamente só leva com musicas e imagenszitas )
A minha mãe é daquelas pessoas que gosta de ter plantinhas em casa e por isso desde sempre estive habituada a socializar com elas (Eeyore tu também). Com tantas plantas, acabava por ter de as regar por varias vezes. Até que…certo e belo dia revoltei-me! Queria uma planta só para mim! Qual regar as dos outros qual quê! Queria uma SÓ minha!
Esperta como era, lá me pus a pedir uma daquelas plantas com flores, todas Xpto, que exigem uns quantos cuidados especiais, e que provavelmente não durariam um único dia nas minhas mãos. Pedi tanto, que ela lá cedeu: ou melhor, cedeu “mais ou menos”. Deu-me um feto. [Para quem não sabe, fetos são plantitas que gostam de humidade, sombrinha (por isso crescem simpaticamente dentro de casa) e que dependendo da espécie, crescem rapidamente.]
Embora não tenha sido a coisa mais simpática para receber na altura (fetos não dão flores, ou pelo menos aquele não dava…) confesso que foi a planta ideal. Como estava tão animada por cuidar da planta lá encharcava diariamente o vaso de água e como ela gostava de humidade crescia. Se crescia lá levava com mais agua, e assim sucessivamente. Por outras palavras, se não fosse o crescimento rápido da planta eu jamais teria gostado dela :P (uma pessoa quer é ter resultados: e bem rapidito!)
Entretanto, com o tempo decidi alargar o meu leque de plantas. Novamente a minha mãe negou-me toda a espécie de ser vivo que desse flores (tenho a sensação de que não confiava lá muito nas minhas capacidades :P) Então deu-me uma trepadeira (que é outra daquelas que cresce a olhos vistos com muito pouco cuidado) e uma espécie de palmeirita (uma que embora leve mais tempo para crescer, tem uma capacidade incrível de suportar maus tratos da nossa parte : pode-se ignorar a sua existência por vários dias e ela continua viçosa ).
A pouco e pouco lá acabei por criar um mini-garden na varanda da minha sala. Li uns quantos livritos catitas, falei com umas quantas pessoas, e lá acabei por desenvolver este hobbie.
O truque disto está em arranjar plantas que se adaptem ao nosso estilo de vida.
Se somos uns entusiastas por ver resultados, é arranjar uma planta que cresça desalmadamente (tipo erva daninha :P).
Se gostamos de desafios , nada como um bonsai ;)
Se queremos algo que sobreviva a maus tratos, compra-se uma daquelas plantas que sobrevive bem na nossa ausência (não necessita de ser um cacto…)
Se se adaptar a nós, já é meio caminho para o sucesso!
Ah! E não se ponham a comprar plantas caras :P o ideal é pedir que alguém nos ceda um bocado das suas (é barato e dá milhões)
Depois, é ir conversando com este e com aquele sobre o assunto, e acreditem, quando derem por vocês, já têm montes delas em casa (as pessoas vão dando um pé disto, umas sementes daquilo, etc..)
E se não sobreviver: tenta-se de novo! O importante é não perder o animo. Lá porque uma plantita não sobreviveu nas nossas mãos, não quer dizer que não tenhamos jeito (se eu consigo, vocês também conseguem!!).
Acreditem, isto é engraçado.
Entretanto deixo-vos aqui uma foto cedida gentilmente pelo Thanatos, vinda directamente do outro lado do oceano Atlântico :) Digam lá se não são umas belas orquídeas? (isto claro, se forem orquídeas :P)